domingo, 5 de dezembro de 2010

outro blog

Sobre tendências: lthomazini.blogspot.com
E o twitter: @dotsinamap

:)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

listinha de natal

Uma câmera fotográfica nova (pode ser uma outra Canon G10, eu gosto).
Um casaco de frio (mas frio mesmo).
Um mini cooper.
Presente para todas as crianças do mundo todo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

that's why they call me mister fahrenheit



Dei a meu namorado a incubência de me ajudar a achar uma música para minha formatura. O briefing: tinha que ser animada, legal, ter clima de formatura sem ser óbvia e falar um pouco sobre mim. Eis que Bruno me surge com esta música, que é a música mais animada de todos os tempos. Dá vontade de levantar e começar a pular na sala. Se não me segurarem, subo dançando no palco.

Vale a pena cantar junto com a letra. Tenho que usar cerca de 1"30 da música, pensei em deixar os iniciais mesmo (termina no 2o refrão, antes da parte do sex machine, porque, né?).

O que acharam? Alguma ideia melhor?

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

confissões de uma otária


No final do ano passado, passei por um momento difícil e comecei a escrever em um caderninho frases aleatórias. A verdade é que, aparentemente, estar triste me deixa criativa. Depois de mais de vinte desabafos, comocei a postar tudo em um blog. E assim surgiu o Confissões de uma Otária.

O Confissões não é nenhum sucesso de público, crítica ou qualquer coisa. Mas é meu xodó. Tanto que, um ano depois, eu estou aqui, bem, curada, apaixonada e tudo mais, e continuo me esforçando para postar algo novo sempre. As coisas andam menos criativas, mas, né? O que querem que eu faça? A dor de corno passou.

Como muita gente se identifica com as postagens, nos últimos tempos comecei a sentir que o blog tinha outra vocação: ser público. E comecei a encher a paciência de todo mundo para que participasse com alguma frase. Começou a dar certo.

Já fiz o convite por todas as redes sociais possíveis, mas faltou aqui. Dizem por aí que o desabafo faz bem. Quem quiser tentar, é só me mandar um e-mail para o larathomazini@gmail.com. As frases devem ser pessoais, sim, não quero nada inventado. Mas também têm que funcionar para todo mundo.

E quem puder, pode me mandar com imagem e título - quando não tiver um criativo, pega uma palavra qualquer e coloca em outro idioma que está ótimo. Tem até holandês.

Estou esperando, viu?

:)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

sobre monografias, heroes e não ter vida


Então. Eu e Jéssica nos engajamos em um trabalho de conclusão de curso cuja hipótese não tem validação de ninguém mais respeitado que nós mesmas, e estamos tentando provar de alguma forma que aquilo que nós acreditamos é sim verdade.

Basicamente, queremos mostrar que existem características internas das narrativas - no nosso caso, as narrativas seriadas televisivas norte-americanas - que facilitam a abertura do mundo ficcional em multiplataformas. Ou seja, queremos entender o que diabos facilita a realização da transmedia storytelling.

Porque, né?, nem tudo que o povo chama de transmídia por aí é realmente transmídia. Às vezes não passa de um produto licenciado querendo passar por ampliação do mundo ficcional. Ou então um pedacinho que poderia fazer parte do próprio seriado, e só porque foi desgarrado e colocado na internet fica se achando produto transmidiático.

Não nerd o suficiente, nosso grande case é Heroes. E nosso não-case é Grey's Anatomy. Não apenas porque o público geek do primeiro tem competência para transitar em diferentes plataformas midiáticas, mas também porque a narrativa heróica e baseada em quadrinhos de Heroes é rica de gaps e quebras e personagens e tudo mais, tornando as graphic novels, por exemplo, orgânicas. É um mundo, uma marca, não apenas um seriado com uma estratégia de marketing.

O sofrimento que minha monografia me causa neste segundo (eu, escrevendo o post, enquanto Jéssica tenta provar que as multicamadas explicadas por Scolari facilitam a prática transmidiática, ambas sentadinhas na cama sem querer olhar para o relógio), me faz pensar que:

1o Eu realmente queria ser Hiro Nakamura e ter a capacidade de me deslocar no tempo e no espaço. Assim, eu poderia voltar para junho e dizer a mim mesma que eu estava proibida de procrastinar pelos próximos seis meses.

2o Eu deveria ter acreditado no sofrimento dos que se formaram antes de mim. E aviso desde já para os que vão se formar depois: aproveitem o tempo de vocês. Mesmo.

3o Eu provavelmente deveria ter sido menos ambiciosa no meu projeto. Estudar algo mais simples, mais bem explorado, com mais referências bibliográficas. Enquanto caminho para a minha 80a página, fico imaginando se não deveria ter desistido de ter uma hipótese a uns 3 meses atrás.

No fundo este post é apenas para avisar que não existo mais em novembro. E que eu realmente queria dar continuidade aos posts sobre Salvador, mas que está bem difícil. 5a e 6a-feira tenho uma leve pausa, vou tentar escrever sobre ser rico na Marina ou sobre como comprar móveis vintage nesta cidade.

Yatta!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

jezebel


Hoje meu post vem em formato de dica: a Boutique Jezebel, no Rio Vermelho, que é apaixonante. Como esse negócio de ser it girl, fashionista, etc, etc e tal resolveu chegar aqui em Salvador em peso, acho que a indicação vem em boa hora.

A dona da loja, Sara, é designer e publicitária que, além de muito simpática e com muito bom gosto, andou viajando o mundo atrás de referências para a boutique. Já passou pela London College of Fashion e pela Central Saint Martins College of Arte & Design, em Londres, e também pelo Istituto Europeo di Design, em Barcelona.

Credenciais à parte, a loja é muito fofa. Encontrei lá livros da coleção Your Life in Lists, que eu achei que jamais poderia achar em Salvador. Tem também Moleskines (com muita mais variedade do que a Saraiva), toy arts e uma grande variedade de objetos com carinha vintage. Além de roupas, obviamente. Marcas como Amapô e Mulher do Padre, além de peças da própria Jezebel.

É o tipo de loja que provavelmente quem não é de Salvador não vai entender meu entusiasmo. Mas acreditem, existir uma loja assim aqui é motivo de grande felicidade. Espero que um dia este estilo de boutique se diversifique, e que nós tenhamos (ok, mesmo no calor) uma tradição mais vasta de lojas de rua. Odeio esa cultura de shopping que impera na cidade.

Fica ali na Barro Vermelho, no Rio Vermelho, naquela rua em frente a Mc que sobe para a Praia do Buracão. No primeiro prediozinho à direita.

E não que meu blog seja popular o suficiente para alguém suspeitar disto, mas a dica é completamente gratuita.

color collective


Há um tempo conheci o blog Color Collective através de Jucú, e sempre entro nele quando preciso me inspirar para dar cara a alguma coisa (principalmente aqui no trabalho). A grande vantagem dele é que você consegue reproduzir o clima de fotos e ilustrações inspirações a partir da paleta de cores daquela imagem.

O blog foi criado pela designer norte-americana Lauren Willhite, que também faz o Squid, outro blog bem bacana.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

palacete das artes





Tenho tentado mostrar nas últimas postagens um pouco das coisas que eu realmente acho legais em Salvador, e todas elas, até agora, misturam um pouco do velho e do novo. A ideia de manter o que a cidade é, não trazer algo que fuja totalmente de sua cultura, cor, sabor, ao mesmo tempo trazendo um toque de modernidade e mundo.

Para mim, o grande (e bem sucedido) exemplo deste processo é o Palacete das Artes. Como é que não ama, gente?

Arquitetura:

Amo arquitetura. Ainda me arrependo um pouco de não ter feito o curso da faculdade (paralelo a jornalismo, quem sabe, podia dar uma combinação bacana), sou assídua frequentadora de alguns blogs (nos últimos tempos tenho entrado muito no The Cool Hunter) e sinceramente acredito na importância da beleza em construções (oi? Eu ouvi Alain de Botton?). Que seja.

A verdade é que eu acho que o Palacete das Artes conseguiu solucionar um grande problema da nossa cidade: dar função a prédios antigos e modernizá-los, sem que com isso sua integridade e aura sejam afetadas.

Não sei porque, nunca tirei uma foto desta combinação. Eles mantiveram o casarão e construíram uma estrutura de madeira e concreto, que leva a uma galeria em estilo contemporâneo. Ainda assim, não destoa. A combinação é orgânica e se funde ainda com as árvores que têm ao redor.

Arte:

Não sou apreciadora de arte por arte. Não basta rotular como arte para eu me interessar e, para ser muito sincera, nem sou muito fã de Rodin. O casarão da frente abriga obras do escultor francês, e algumas delas estão dispostas no pátio do lado de fora. A exposição é permanente (até onde eu sei, é um acordo com um museu francês que qualquer dia desses acaba. Mas, bem, é permanente) e aberta ao público.

O meu maior interesse está nas exposições do fundo. Estão sempre mudando, algumas realmente interessantes. Claro que tem mais do mesmo (alguém para de expor Verger, por favor?), mas sempre tem algo novo e interessante. Agora em novembro quem for vai encontrar obras de César Romero, parte da exposição BRamante em comemoração aos seus 40 anos de carreira.

Praça:

É, praça. É uma das funções do Palacete, especialmente para quem mora ali perto, no bairro da Graça. É uma excelente opção de passeio, principalmente para crianças, e conheço algumas pessoas que fazem disto um hábito. E convenhamos que a cidade carece de boas praças e parques. Vamos adaptando então.

Solar Café:

As modinhas internacionais sempre chegam meio atrasadas em Salvador. Passamos por crepes, temakis e nem sei mais onde nos encontramos. Pizzas em cone?

Mas algumas delas conseguem chegar de mansinho e se estabelecer sem muito alarde, conquistando pouco a pouco um lugar na rotina dos soteropolitanos (pelo menos dos um pouco mais abastados). Torço sinceramente para o sucesso dos cafés. Por favor, não acabem.

O Solar Café é, para mim, um dos melhores lugares para se ir na cidade, seja para almoçar uma das opções deliciosas e leves de prato do dia, seja para ir no fim da tarde, tomar um Moccha Frappé e ficar conversando na sombra das árvores ao redor. Tentei até tirar uma foto digna da bebida, mas minha máquina está quebrada e saiu uma boa porcaria.


Quem não conhece, vale o passeio. Fica na Graça, um dos meus bairros favoritos daqui. Está aberto todos os santos dias, inclusive aos domingo.

what katie ate



Pausa dramática nas postagens sobre Salvador para dar uma dica: o blog de culinária mais lindo e apaixonante que eu já vi.

Receitas possíveis e belamente fotografadas no What Katie Ate. Deu fominha e olha que eu acabei de almoçar.

Dica especial para Bruno, que está aprendendo a cozinhar horrores em Paris, e já deveria ter começado a compartilhar as receitas há muito tempo.

música no parque


Eu ia dar a este post o título "Música no Parque e sua capacidade de revitalização de um espaço público", mas né, ia ficar com cara de artigo acadêmico.

O Parque da Cidade nunca realmente fez parte da minha vida aqui em Salvador, mesmo quando eu era pequena e morava do ladinho dele. Lembro de ficar olhando pela janela, curiosa sobre o que exatamente era aquele monte de árvores e sobre como chegar lá. Devo ter ido 3, 4 vezes, a última delas aos 15, em um piquenique com minha família e amigos (no qual eu chamei minhas amigas mais fresquinhas, e um tio meu levou um frango assado).

A verdade é que o parque é, e sempre foi, perigoso. Sua entrada está em uma região nobre da cidade, na Av. ACM, em frente ao Alto do Itaigara. Mas, como todos sabem, Salvador é uma cidade de morros e vales, como a pobreza convivendo lado a lado com bairros de IDH norueguês. No fundo do parque está o bairro de Santa Cruz, um dos mais perigosos da capital baiana, e de enorme em extensão, uma vez que se confunde com o Nordeste de Amaralina e o Vale das Pedrinhas. É possível acessar o Parque da Cidade pelos fundos, através de Santa Cruz, em meio a uma vegetação mais fechada. Por isto, além de arrastões no próprio parque, a criminalidade chegava à rua, e eram constantes vidros quebrados e carros roubados no engarrafamento local.

Por isso, diversas vezes pedi para ir até lá e ouvi como resposta: "Não, é muito perigoso". E tinha a impressão de um lugar escuro e bizarro, com bêbados imundos caminhando em meio às arvóres, e gangues armadas contando o dinheiro das drogas sentadas na casinha no parquinho infantil. Um exagero, claro.

A verdade é que realmente não é uma boa ideia fazer um passeio noturno por lá, nem mesmo durante o dia se embrenhar em meio às árvores, nos cantos mais remotos do parque. Mas é um lugar lindamente frequentável, fresco, agradável, movimentado e simpático, em que se pode levar as crianças para brincar nos parquinhos e no pula-pula, fazer um piquenique ou apenas ficar sentado na sombra das árvores esperando o dia passar.

Um programa mais que interessante em uma cidade cuja principal opção de lazer sempre foi, e ainda é, ir à praia. Não precisamos ser sempre temáticos, não é mesmo?

Parte da movimentação do parque nos dias de domingo se deve a um projeto de parceria público privada que se chama Música no Parque. Há oito anos, sempre às 11h, o projeto convida músicos e grupos de renome para cantar gratuitamente no palco Dorival Caymmi e democratizar o acesso à cultura.

Desde já aviso: levem água, boné, sombrinha, protetor solar e respirem fundo antes de ir para um show. Escolheram o único canto não ventilado do parque, colocaram o palco fechando ainda mais o vento e criaram uma verdadeira estufa no local. Não satisfeitos, escolheram 11h como o horário do show. A combinação pode fazer os mais frágeis sinceramente passarem mal.

Outra dica é chegar cedo e sentar na parte mais alta, à cima da arquibancada, na grama, e aproveitar as árvores para ao menos se proteger no sol. Mas tem que chegar cedinho mesmo, se não não sobra lugar na sombra para ninguém.

Feita a introdução, este domingo fui para lá ver a Orkestra Rumpilezz. Não podia ter uma melhor banda para meu projeto "redescobrindo Salvador", uma vez que a banda faz uma verdadeira redescoberta do ritmo baiano. Tradicional e moderno, sem ser clichê. O show de domingo foi uma delícia (apesar de que tenho que confessar que sou muito branca para o sol que estava fazendo) e me fez pensar na quantidade de espaços que podem ser renovados com ideias simples.

Fiquei pensando em empresas para propor a adoção do Parque de Pituaçu, por exemplo, e logo depois descobri que uma amiga de um amigo foi derrubada, quebrou o braço, para que roubassem a bicicleta dela. Ou o Jardim Botânico, como anda? Ninguém ouve falar. O Zoológico da cidade continua abandonado e me dá mais tristeza do que qualquer coisa ir lá. Entre tantos outros lugares, que precisam ser renovados, conhecidos, valorizados.

Não tirei fotos porque minha máquina resolveu parar de funcionar exatamente quando eu estava lá. Vocês podem ficar bem informados sobre as próximas atrações no site do Música no Parque. A Orkestra Rumpilezz também tem um, e vários vídeos no Youtube (e este aqui foi de domingo, no Parque da Cidade).

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

santo antônio além do carmo





Vou começar por um dos meus lugares favoritos de Salvador: Santo Antônio Além do Carmo, no bairro de Santo Antônio, em pleno centro histórico da capital baiana.

Parte do charme do bairro está em seu clima de cidade de interior. Ruas calmas, pessoas na janela olhando a vida passar, um silêncio até meio pesado às vezes, desses que você consegue ouvir o barulho das árvores e o som de passos a metros de distância.

E a vista, né? Uma mistura de vista bonita e poluída. Santo Antônio aponta exatamente para o porto de Salvador, uma confusão de conteiners, máquinas e navios que tingem de cinza a Baía de Todos os Santos.

Nos últimos anos, o bairro tem passado por um processo de renovação - que ainda não consegui decidir se é bom ou ruim -, em parte por causa da presença do Pestana Convento do Carmo (parte do The Leading Hotels of the World), um dos mais luxuosos da cidade, mas igualmente pelas pequenas pousadas e hotéis boutique que têm surgido. Fofos e charmosos, com bares abertos ao público, e um clima de baianidade moderna raro de se ver.

A renovação também passa pelas mãos da herdeira do Iguatemi daqui, Luciana Rique. Li recentemente uma reportagem em que ela falava que já havia adquirido 35 casarões na região e tinha planos de construir no bairro um mix de lojas e restaurantes (de luxo, em sua maioria), galerias de arte, espaços culturais, moradias e mesmo escritórios. Transformar Santo Antônio em uma referência de design, arquitetura, cultura e lazer, em uma cidade carente de um projeto destes. E que tem tudo a ver com os planos para o Comércio da cidade, descrito no masterplan Salvador Capital Mundial.

O problema é que, em Salvador, planos permanecem planos por muito tempo.

De qualquer forma, o bairro passou sim por uma valorização recente. Os casarões antigos com vista para o mar chegam a custar 1,4 milhões de reais (!), mesmo antes de restaurados. Nos últimos anos, artistas, fotógrafos, músicos (e toda esta categoria de gente "cool" ou o que quer que seja) têm se mudado para a região, trazendo um pouco mais de movimento para as ruas paradas.

Algumas construções de Santo Antônio datam dos séculos 16 e 17, como o forte e o Convento do Carmo. Há poucos anos, um projeto restaurou o forte para que ele se tornasse o Museu da Capoeira. Ele também abriga shows e eventos culturais, e é aberto ao público para visitação. Toda sexta, no largo de Santo Antônio, tem acontecido o samba do Carmo, que atrai um público jovem e alternativo da cidade.

Sinceramente, tenho planos de, se permanecer por aqui, ir morar lá em algum momento da minha vida. Espero que daqui a alguns anos (quando eu tiver dinheiro para isso, né) a região mantenha seu clima de cidade pequena e silenciosa, sua vista aberta e ventilada e seu jeitinho baiano (mas só com a parte que a Bahia tem de melhor) e moderno.

E que continue dando vontade de passear pelas ruas, sendo observado pelos moradores na janela, preguiçosos no calor da cidade, meio sem rumo e sem pressa, e se sentindo relativamente seguro para isso. Porque mal consigo pensar em algum outro lugar da cidade em que ainda se possa efetivamente caminhar com certa segurança.

Sei que corro o risco de soar provinciana, mas é o tipo de lugar que dá orgulho de turista ver, sabe? Não costumo dizer isto de muitos lugares por aqui.

Mais fotos no Flickr.

salvador II

Minha relação com Salvador sempre foi meio de mãe: falo mal horrores, mas não deixo que ninguém mais fale.

Falo mal, porque reconheço o quanto a cidade precisa avançar. Salvador tem mentalidade de cidade pequena, mas problemas de cidade grande. E, para mim, ser naturalmente bonita não é quesito de análise. Eu moro aqui, não faço turismo ecológico.

Mentira, ser bonita ajuda sim. Não canso da vista daquela descida da Contorno.

Nos últimos tempos, porém, tenho percebido que apesar de viver aqui há 21 anos, não conheço efetivamente a minha cidade. Ninguém conhece. Salvador é extremamente multifacetada. O que é bom, porque evidencia a diversidade cultural que a formou. Mas que também é ruim, porque escancara a desigualdade social que a acomete.

No último final de semana, me dediquei a conhecer mais a minha própria cidade. Tentei fugir do óbvio (e descobri que nem sempre isso é algo bom), tentei ver na cidade a beleza do dia a dia, achar novos pontos favoritos, buscar novos ângulos. Fiz programas de turista e de nativo. Revivi experiências antigas, vivi novas. Andei, comi, comprei, sambei, atravessei, suei (e como suei) e depois andei um pouco mais.

E vou dedicar esta semana a falar sobre os diferentes lugares a que fui. Vai que vocês passam a também gostar um pouquinho mais da cidade.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

sobre ser nordestino e coisa e tal

O que eu não entendo sobre a xenofobia/racismo/preconceito, o que seja, contra os nordestinos é a lógica utilizada. O estopim foi a eleição de Dilma, ok. E dizem que os nordestinos elegeram Dilma porque ela vai continuar "sustentando" o bando de preguiçosos e bêbados que não gostade trabalhar aqui no Nordeste. Certo, vou tentar seguir a lógica. E quem reclama, naturalmente, deve ter votado em Serra, e por isto ficou tão revoltado.

Mas vem cá, se Serra fosse eleito, o que esperavam que ele fosse fazer? Acabar com o Bolsa Família? Transformar São Paulo em um país? E depois, ainda por cima, entrar em guerra com o Nordeste?

E é isto que me preocupa nesta onda de preconceito: o motivo vazio e estúpido. Claro que o preconceito é preconceito por algum motivo vazio e estúpido, eu sei, eu sei. Mas é que em nenhum grau faz sentido, entende?

Longe de mim começar a defender um partido político. Mas defendo sim o Bolsa Família, quem quer que tenha criado ele. E não apenas como ação assistencialista (e por isto ele já bastava), mas como medida econômica, que injetou dinheiro no país e permitiu que a classe média, tão necessária para o equilíbrio de uma nação, e que não recebe a Bolsa Família diretamente, sentisse o efeito deste crescimento e se fortalecesse. Em qualquer país "desenvolvido" há uma política pública de assistência financeira a quem precisa. A diferença é que no nosso país mais gente precisa.

Não me sinto ofendida com os ataques ao Nordeste. E não tenho orgulho de ser nordestina. Gosto de onde nasci, não tenho problema nenhum em ter nascido aqui, e não me vejo diferente de quem nasceu em São Paulo ou em Pequim. Tenho mais é vergonha de quem, como eu, é brasileiro. Vergonhinha alheia, sabe?

É que o problema da classe média é que pode ter chegado dinheiro nela. Acesso, lazer, eletrodomésticos. Mas o que ainda não chegou foi educação.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

sobre viajar o mundo






Tive a oportunidade fazer um mochilão pela Europa no inverno (de lá) 2008/9. Um mês de comida barata, hospedagem barata, dormindo em trem para economizar hospedagem, e andando muito (em um mês devo ter pegado metrô, não sei, 5 vezes). Fiz uma listinha mental de meus momentos favoritos.

A Guernica, no Reina Sofia, em Madrid: chorei quando vi o quadro. Juro.

A Torre Eiffel, em Paris: é tão maior do que eu imaginava.

Crepes, no Quartier Latin, em Paris: principalmente os de Nutella.

Um esquilo, no Hyde Park, em Londres: nunca tinha visto um, é a criatura mais fofa do universo.

Um dia em Amstedã: em que tudo estava tão colorido, musical e não perguntem porque.

Passeio na neve, em Berlin: o melhor city walking tour da história.

Smífara, em Praga: nosso dialeto local.

Lisbon Lounge Hostel, em Lisboa: com certeza, um dos melhores hostels da Europa.

Giorgio Armani, em Milão: juro que o vi a 1 metro de mim.

Cassino, em Mônaco: sem dinheiro, mas tudo bem.

Festa em Roma: tenho fotos comprometedoras até hoje.

Quase tudo em Barcelona: me apaixonei pela cidade, fazer o que?

A verdade é que viajar é a melhor coisa do mundo. Mesmo quando não é bom. Não consigo pensar mal nem dos piores dias da minha viagem. Nem de quando fiquei presa por horas, na neve, em uma estação de esqui em Granada (e nem tinha ido esquiar), nem de quando eu e Monique quase fomos assaltadas/estupradas/espancadas em Pisa, nem de quando eu briguei com um ladrão que tinha roubado nossa bolsinha de maquiagem em Barcelona. Nem mesmo no Natal, quando ficamos perdidas na rua, sem dinheiro, sem transporte, e tivemos que andar 40 minutos no frio para chegar em casa. A única coisa que me dá, quando eu lembro, é vontade de viver tudo de novo.

E não me julguem pelos meus momentos favoritos idiotas. Foi realmente lindo ver um esquilo, tá? Ele está aí em cima, na foto, com Monique, minha companheira de viagem.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

havaianas





Sei que é velha, da primavera do ano passado, mas essa ação das Havaianas na Europa é um dos motivos que me faz pagar pau para a marca. E sou super a favor dessa modinha de sair de noite de Havaianas, viu? Espero que pegue logo, porque não aguento mais fechar meu pé gordinho num salto apertado.

domingo, 24 de outubro de 2010

#legalnotransito

O trânsito de Salvador é caótico. Péssima estrutura, asfalto esburacado e uma frota absurda por questões de segurança e transporte público. Mas o que tem mais me irritado no dia a dia de engarrafamentos não são as questões que, ao menos em parte, não podemos controlar - e sim a "parte" de cada um.

A verdade é que os soteropolitanos são muito mal educados. E me sinto no direito de não me incluir no bolo: há mais ou menos um ano comecei a me policiar (muito) para ser mais simpática, cidadã e cortês. Já me peguei parando na faixa de pedestre mesmo sem ninguém querendo atravessar.

A minha revolta é que quanto mais educada eu fico, mais buzina recebo. Não é que as pessoas são desleixadas (não param por falta de hábito), mas realmente mal educadas. Cito alguns exemplos.

1. Choveu horrores semana passada. E, aqui, quando chove, para tudo. Em um desses engarrafamentos, em que não faz diferença se o sinal está aberto ou fechado, parei na faixa com o sinal verde para um pedestre passar (na chuva!). Não deu outra: o carro do fundo não parou de buzinar até eu andar.

2. Estava no sinal vermelho, em um cruzamento, no Rio Vermelho. O sinal abriu, mas se eu andasse, iria fechar o cruzamento, porque estava tudo engarrafado do outro lado. E lá vai o carro do fundo não apenas buzinar, como também fazer gestos grosseiros com a mão. Nada educado para uma mulher. A mal educada trocou de faixa, passou no sinal e, não deu outra, fechou o cruzamento.

3. Hoje, chegando na Doces Sonhos, não tinha vaga. Um carro que estava sendo fechado por outro queria sair. Parei, dei sinal, esperei que os dois carros saíssem. Ia esperar que o que estava fechando o que saiu estacionasse novamente para estacionar quando, um Gol, saindo de lugar nenhum, passou na frente de nós dois e estacionou. Fiquei tão irritada que, quando passei pelo magricela que dirigia o Gol, resmunguei um "gente mal educada" (no que ele, ainda mais mal educado, deu um berro de "ooooooxi").

São três exemplos que me irritaram muito nas duas últimas semanas, mas o problema é diário. Ninguém dá sinal, e quando dá, ninguém dá passagem. Todo mundo fica trocando de faixa no engarrafamento, causando ainda mais engarrafamento, em total desconhecimento à lei de Murphy. Buzinas aleatórias, fechadas, furadas homéricas de fila.

O que eu não entendo é como os soteropolitanos já possuem um certo pudor social para furar filas, reclamar em voz alta, dar dedo na sua cara, mas acham que estas são atitudes socialmente aceitas no trânsito. É porque o vidro é fumê e ninguém pode ver quem você é? Talvez a solução seja colocar um cabeção destes bonecos de Olinda gigante em cima de cada carro, para que pudéssemos identificar o motorista de cada carro e inibir a falta de educação que causa metade do engarrafamento da cidade.

Fiquei revoltada, viu?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

heil


"In addition to destroying the lives of millions of people and most of Europe, Hitler also ruined the mini-stache for everyone"

Eu não sei quem disse isto, mas queria abraçá-lo.

E não percam também o Hipster Hitler, genial.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

nulo


O meu sonho de candidato tem o discurso mais ou menos assim: "olha, acho muito bacana isto, isto, isto e aquilo que o atual presidente fez, bacana mesmo, achei uma ideia genial e tudo mais, e pretendo dar continuidade, claro que sim. Mas também queria melhorar um pouquinho isso, isso, isso e tal. No fim, eu e o atual presidente somos quase a mesma coisa, mas, bem, pelo menos eu sou mais bonito para representar um país com tanta gente bonita, não é, minha gente?".

Claro que ele teria que ser efetivamente mais bonito. E Serra e Dilma podem se encaixar em qualquer categoria do mundo, menos na dos bonitos.

Eu juro que até concorreria daqui a 4 anos. Porque se tem uma coisa que eu sou é mais bonita que Serra e Dilma, juntos. O problema é que eu estudei em colégio particular e o máximo que eu cheguei de ser presa foi parar no Juizado de Menores da rodoviária aos 14 anos, em uma história que envolve classificação etária, um show de forró e lança perfume. Não perguntem.

sábado, 18 de setembro de 2010

world car free day


Então, dia 22, quarta-feira, é o Dia Mundial Sem Carros.

Tive que pesquisar sobre o assunto por questões de trabalho, e acabei me achando a pessoa mais egoísta do mundo. O objetivo do dia 22 é, imediatamente, fazer com que as pessoas sintam o gostinho (e o cheirinho) do que seria a cidade se houvesse menos carros em circulação e, a longo prazo, fomentar comunidades em que casa, trabalho e serviços úteis estejam mais próximos, facilitando a locomoção de formas alternativas, como transportes públicos, bicicletas e, claro, a pé. Com isto, almeja-se:

1. Menos engarrafamentos.

2. Ar mais limpo.

3. Menos poluição sonora.

4. Menos acidentes envolvendo veículos, como batidas e atropelamentos.

5. Ruas mais seguras, já que mais movimentadas.

6. Mais saúde, pelo ar mais limpo e pelo exercício diário.

7. Que as pessoas cobrem mais das prefeituras a construção de ciclovias e a melhoria dos transportes públicos.

8. Uma cidade com mais qualidade de vida.

9. Um mundo melhor. Ó.

É claro que é ridículo pensar que as pessoas vão adotar a ideia do Dia Mundial Sem Carros em Salvador, pelo menos por agora. E, por um lado, eu até entendo. O clima, o transporte público, a segurança... Os argumentos são válidos. Por outro lado, sinceramente?, acho egoísmo não aderir ao dia. É só um dia, gente. Um diazinho. E ao perceber que não é o fim do mundo, pode modificar pequenas atitudes, como respeitar mais os ciclistas e os pedestres, ir andando quando a distância for curtinha e estiver de dia, pegar mais carona... Pode usar a criatividade.

Eu, por exemplo, já coloquei na minha cabeça que, pelo menos uma vez por semana, venho trabalhar sem carro.

E para os pessimistas: Bogotá (sim, Bogotá) é o grande exemplo mundial de sucesso da iniciativa. Mais do que qualquer cidade da Europa, onde o projeto começou há uns 10 anos.

Alguém quer me dar uma bicicleta de presente?

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

macanudo


Macanudo é, fácil, uma das melhores coisas que Jucú me apresentou. Para quem não conhece, vale a pena passar a tarde (oi? trabalhar pra que, né?) passando as tirinhas no Macanudo del día. Tem também Twitter, pra quem não quiser perder as próximas: @macanudodeldia.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

i don't marshmallow you


Hoje parei para assistir 500 Days of Summer de novo. Da primeira vez em que assisti, fiquei presa às referências que, para mim, ainda faziam algum sentido na época. Uma delas foi Alain de Botton. Tom aparece lendo Architecture of Happiness, e inclusive dá uma cópia do livro para Summer. Nunca li o livro, mas faz todo sentido Tom sendo arquiteto e tudo mais. A ligação direta (e for dummies) que eu não fiz foi exatamente com o livro que eu tinha lido de Botton, Essays in Love.

A forma como a história é contada, sem linearidade. Uma história sobre amor, não de amor. Os detalhes, minúsculos e tão representativos, de um relacionamento. O término triste, doloroso, meio desesperado. A linguagem ao mesmo tempo fofa e meio cult. Tudo.

Que fique claro que eu tenho consciência da auto-ajuda meets filosofia barata de Alain de Botton. Não me defendo da acusação. Mas Essays in Love realmente ajudou em uma época em que eu precisava. Recomendo para quem estiver passando por um término difícil. Chorei horrores, claro. O livro às vezes parecia que tinha sido escrito sobre minha vida. E os detalhes com os quais eu não me identificava eu projetava para o futuro. Um horror. Exatamente por isso, porém, o livro funcionou como uma terapia, ao mostrar que, bem, eu sobreviveria. E é exatamente isto que 500 Days of Summer faz.

A verdade é que todo mundo já passou pelo fim do mundo alguma vez na vida. Longe de mim querer escrever um post auto-ajuda. Eu odeio auto-ajuda. Mas alguns relacionamentos são padrões: um mau exemplo, um proibido e um inesquecível (o assustador é quando os três relacionamentos são uma pessoa só). A não ser que você seja um ser raro no novo século, você vai passar pelos três. É um padrão bobo, eu sei, mas faz sentido na minha cabeça, então me deixem. Mas eu tenho 21 anos, então não aceitem muitos conselhos amorosos meus.

Só escrevi o post para indicar o combo 500 Days of Summer, que a maioria já deve ter visto, e Essays in Love. Juro que é bom. Muito bom. Já conheci algumas várias pessoas confiáveis e não leitoras de auto-ajuda que disseram que o livro tinha ajudado em seus términos.

E, sendo breguinha, a verdade é que, a não ser que seja depressivo e suicidade, você realmente sobrevive. E bem mais magra :)

bad luck


Tenho certeza de que este foram as duas semanas mais azaradas da minha vida. Mesmo meu pai, ateu, cético e cínico, ficou com pena de mim hoje e mandou eu vir dirigindo devagarinho para casa porque alguma coisa de muito errada podia acontecer.

O meu semestre já teria motivos suficientes para ser tenso. Estou fazendo minha monografia, vou me formar no final do ano e estou aterrorizada com a possibilidade de passar de estudante para desempregada. Era de se esperar que minha vida amorosa estivesse perfeita, não é mesmo? Não é isto que dizem por aí? Que a gente meio que escolhe? Ou somos profissionalmente bem sucedidos ou temos um relacionamento perfeito? Pois então. Poderiam até dizer que eu escolhi o amor, se meu namorado não fosse viajar para Paris em menos de uma semana. Para estudar. Por seis meses.

Mas não, não é isto que me caracteriza como uma pessoa azarada. Isto é só a vida passando por um momento complicado, normal, acontece, vou sobreviver. O problema é a série de infortúnios que têm acontecido comigo nas últimas semanas. Primeiro, uma alergia irritante nos olhos que me deixou assustadoramente parecida com o que meu namorado definiu de maneira fofa como um panda - o que ele não sabe é que as pessoas devem estar achando que eu apanho, e dele. Depois, caí da escada (delegacia da mulher já!). Não caí, me estaboquei da escada. Não quebrei nada, mas fiquei tão roxa, tão dolorida, tão machucada que estou com vergonha, até hoje, de sair com as pernas de fora e mesmo duas semanas depois não consigo pisar com o calcanhar esquerdo no chão. Cair da escada não é o suficiente? Quer mais? Que tal rotavírus? Eu não vou descrever o principal sintoma do rotavírus - nojento e vergonhoso - mas sintam-se à vontade para procurar no Google. Na quarta-feira fui parar desidratada, com a pressão 8 por 5 e o corpo todo dolorido na emergência do hospital, onde tomei 2l de soro. Depois disso, fiquei sem sair de casa, a maior parte do tempo deitada, com fome, sem conseguir comer, tentando achar um lado bom naquilo tudo (meu lado bom é que pelo menos eu posso emagrecer um pouquinho). E hoje acordei melhorzinha. Não melhor o suficiente para comer a barra de chocolate milka que Monique me deu, nem melhor para dar estrelinhas por aí, mas pelo menos melhor para trabalhar de casa e até mesmo dar uma saidinha até a Caco de Telha para pagar a minha formatura. Um dia bom, né? Tudo vai mudar, certo?

Nada. Na volta para casa, debaixo de chuva, a menos de 40km/h, meu carro derrapa. Juro que não foi incompetência. Estava indo devagar, o carro da frente parou, apertei o freio em tempo e o carro simplesmente continuou indo, na mesma velocidade. As rodas travaram, perdi o controle do volante e fui de vez no fundo de um Ecosport. Resultado: além do esporro de meu pai, tive que resolver todas as pendengas do seguro e vou passar a semana que vem inteira sem carro, em uma Salvador chuvosa, com a perna machucada e resquícios de rotavírus.

O irônico é que na semana passada, quando um monte de coisa ruim começou a acontecer, a tia de meu namorado preparou um banho de ervas para "limpar, energizar" e tudo mais. Não acredito muito nestas coisas, mas topei. Entrei no clima, fechei os olhos e pedi a tudo que era santo, anjo, espírito, força da natureza que eu conheço para abrir meus caminhos, me proteger, me trazer luz, calma, w/e. Saí do banho renovada, com a aura leve. Cinco minutos depois comecei a me coçar. Primeiro pouquinho, depois muito. Placas vermelhas se espalharam pelo meu corpo. Tive alergia ao banho de ervas. Irônia fina.

Quem quer que esteja segurando o bonequinho loiro e dentuço e espetando agulhas, já pedi penico. Antes mesmo do rotavírus. Pode parar, ok?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

salvador

Sempre falei muito mal de Salvador.

Mas hoje temos o combo sol, brisa e não tanta umidade no ar. E tudo isto visto da Av. Contorno faz com que eu goste um pouquinho mais da cidade.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

be stupid II


Pago pau para marcas que aprovam um conceito de comunicação como Be Stupid. As peças da campanha de outono da Diesel continuam com a mesma assinatura e transformam o ser estúpido em algo nada óbvio. "You'll spend more time with your boss" e "There's no wrong way to do it" que o digam.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Harry Potter



Não tenho o mesmo apego pelos filmes de Harry Potter do que tenho pelos livros. Eu li cada livro no mínimo umas, não sei, sete, oito vezes. O primeiro, coitado, li umas dez fácil. Em parte, porque eu amo reler meu livros favoritos. Mas em boa parte porque eu não sou fã, eu tenho verdadeira fixação pela série de J. K. Rowling. Amo de paixão. Sei tudo de tudo. Apesar de não me vestir de Hermione por aí, acho que sou a pessoa mais loucamente apaixonada por Harry Potter que eu conheço. E com orgulho.

(Confissões de uma otária: quando era pequena, "trabalhava" no site Beco Diagonal, um dos maiores do Brasil)

Então, terminaram os livros (há boatos de que a autora vai escrever mais alguma coisa, mas não é a mesma coisa, não é mesmo?) e agora também os filmes chegam ao fim. O sétimo será dividido em duas partes: uma que estreia em novembro deste ano, outra em 2011. Os filmes foram melhorando e o sexto foi definitivamente meu favorito. Sombrio na metida certa. Então, vai dando uma tristeza em não se ter mais o que esperar.

A Warner lançou algumas prévias do trailer, mas este, que saiu hoje, é o último e creio definitivo. Já no trailer é possível ver que foram feitas algumas "pequenas" adaptações, mas sou a favor delas, já que os filmes pretendem alcançar um público mais amplo do que o de fãs revoltados que querem todas as cenas e idênticas. Mudanças são bem vindas para facilitar a compreensão de quem não leu os livros. E cada leitor que crie seu próprio filme completo e perfeito na cabeça, ora.

De qualquer forma, eu estou emocionada. Vocês não?

Milano


Lembro bem quando cheguei em Milão. A estrada estava assustadora. O horizonte era tão branco que literalmente se fundia com o céu, dando a sensação de uma grande parede que começava logo no acostamento. Chuva e muito frio. Muito, muito frio.

E na Europa, quando faz frio, as pessoas colocam um grande casaco preto, uma calça insignificante e, no máximo, se é jovem descolado (odeio esta palavra, mas tá) ou rico, um cachecol Burberry ou um lencinho colorido. Nos pés, tênis ou sapatos escuros. Todos ficam igualmente disformes e insignificantes.

Mas não em Milão. Não sei o que há em Milão, não sei se foi porque eu cheguei lá na Semana de Moda e todo mundo estava empenhado em se vestir bem, não sei se é porque fiquei deslumbrada por me bater com Giorgio Armani em um restaurante, mas é o tipo de cidade em que você se sente baixa, gorda e mal vestida. Principalmente em uma viagem em que tudo o que você tem são duas opções de roupas amassadas.

Em Milão, os cortes das roupas do garçom de um pequeno café são melhores que os dos grandes executivos metrossexuais brasileiros. As mulheres, se não belas, são extramamente elegantes. Certo dia, fiquei olhando como eram perfeitos os manequins de uma loja, quando eles se mexeram. Sério, é desse nível.

E The Sartorialist não me deixa mentir.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

stuff no one told me



...but I learned anyways. É o nome de um blog genial que eu achei através de @amandaluz. O título já diz tudo, mas além das frases quase sempre geniais, o blog ainda conta com ilustrações muito, muito fofas. O perfil Google diz que stuff no one told me é do ilustrador Alex Noriega, de Barcelona. Fui atrás das informações dele e encontrei:

In case you´re wondering, you don´t need to ask for my permission to write a post in your blog about me or taking one of my illustrations/comics/photos and show them in your site/blog/facebook (etc) as long as you say nice things about me.

The nicest :)

A ilustração deste post é especialmente para mim.


terça-feira, 15 de junho de 2010

twiggy


As caras e bocas exatas que eu queria conseguir reproduzir em fotos são, definitivamente, as de Twiggy. Ela é considerada a primeira top model do mundo e ajudou a criar nossa atual imagem da década de 60. Magra, cabelos curtos, grandes olhos ressaltados por muito, mas muito rímel (também nos cílios debaixo, o que dá um toque todo especial).

Mas o que eu queria mesmo era a expressão levemente dummie e levemente entediada que ela consegue fazer nas fotos e ainda continuar linda, linda. Com um quê de Meg Ryan na época em que ela era sinceramente bonita (When Harry Met Sally).

segunda-feira, 17 de maio de 2010

calvin and hobbes


Ganhei de presente de aniversário de meu namorado um livro de Calvin and Hobbes: It's a magical world. Confesso que, um mês depois, ainda não sentei para ler todas as tirinhas - mas as que li, folheando distraidamente, fizeram com que eu me reapaixonasse pelo trabalho do Bill Watterson (sim, eu pesquisei).
Abri o livro aleatoriamente e fotografei a primeira tira que apareceu. É a que ilustra o post.

quinta-feira, 18 de março de 2010

churchill


"Success is the ability to go from one failure to another with no loss of enthusiasm". Se tem uma pessoa que eu admiro só pelas frases que disse e escreveu na vida é Winston Churchill. Estou ensaindo ler a autobiografia dele (dois livros enormes, já na versão editada. A original era quatro vezes maior) há um tempão, e nunca tomo coragem. Pensei seriamente em procurar um livro só de quotations dele, quando me deparo com: "It is a good thing for an uneducated man to read books of quotations". Criei um apego tão grande.

Nada, porém, supera um clássico, que parece piada da Seleções, mas foi real. Nancy Astor, primeira mulher a se tornar membro do parlamento inglês, em um jantar no qual estava também Churchill, em meio a algum debate que desconheço, disse a ele: "If I were your wife, I would put poison in you coffee", no que ouviu de resposta: "And if I were your husband, I would drink it".

segunda-feira, 15 de março de 2010

shooting


Ganhei uma Canon G10 e estou parecendo criança pequena com arma de sabão. Fico tirando foto de qualquer coisa que fique parada por mais de 3 segundos. Meu flickr, coitado, nunca recebeu tanta informação de vez. E esta semana ainda descobri a magia (sim, magia) das fotos em preto e branco. Tão melhor. Principalmente para fotografar gente, no momento a única coisa que eu efetivamente sei fotografar. Quem quer me dar uma aula de como mexer melhor na câmera e relembrar o que aprendi com Mamede na Facom? Eu ouvi Mariele? Oi?


domingo, 14 de março de 2010

prejudice


Só caso com um homem que tenha livros bons e, principalmente, bonitos. Sinceramente acredito em livros como objetos de design e decoração. E como alguém que pretende morar em uma casa toda branca, com móveis de madeira (vez ou outra pintados de cores fortes, como verde bandeira ou roxo), preciso ter cuidado com o que compro - e com quem caso.

Neste momento, por exemplo, estou apaixonada por uma coleção da Penguin Classics, de capa dura de tecido. Por enquanto, tenho três: Pride and Prejudice, da Jane Austen (que já tinha na versão pocket, mas fiz questão de comprar um novo), Wuthering Heights, da Emily Brontë e, o mais recente, Sense and Sensibility, também da Austen. Sim, sim, gosto das minhas novelinhas inglesas. Mas, mais ainda, gosto das capas delas.

kate


A magra, linda e diva Kate Moss é, mais uma vez, capa da Vogue UK, desta vez de abril. Tudo muito lindo, tudo muito arte, mas certeza mesmo é que esta foto vai para meu mural. Perfeita.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

be stupid


Nova campanha da Diesel: Be Stupid. Genial, mas já sei, já sei. Próximo!