quinta-feira, 11 de novembro de 2010

palacete das artes





Tenho tentado mostrar nas últimas postagens um pouco das coisas que eu realmente acho legais em Salvador, e todas elas, até agora, misturam um pouco do velho e do novo. A ideia de manter o que a cidade é, não trazer algo que fuja totalmente de sua cultura, cor, sabor, ao mesmo tempo trazendo um toque de modernidade e mundo.

Para mim, o grande (e bem sucedido) exemplo deste processo é o Palacete das Artes. Como é que não ama, gente?

Arquitetura:

Amo arquitetura. Ainda me arrependo um pouco de não ter feito o curso da faculdade (paralelo a jornalismo, quem sabe, podia dar uma combinação bacana), sou assídua frequentadora de alguns blogs (nos últimos tempos tenho entrado muito no The Cool Hunter) e sinceramente acredito na importância da beleza em construções (oi? Eu ouvi Alain de Botton?). Que seja.

A verdade é que eu acho que o Palacete das Artes conseguiu solucionar um grande problema da nossa cidade: dar função a prédios antigos e modernizá-los, sem que com isso sua integridade e aura sejam afetadas.

Não sei porque, nunca tirei uma foto desta combinação. Eles mantiveram o casarão e construíram uma estrutura de madeira e concreto, que leva a uma galeria em estilo contemporâneo. Ainda assim, não destoa. A combinação é orgânica e se funde ainda com as árvores que têm ao redor.

Arte:

Não sou apreciadora de arte por arte. Não basta rotular como arte para eu me interessar e, para ser muito sincera, nem sou muito fã de Rodin. O casarão da frente abriga obras do escultor francês, e algumas delas estão dispostas no pátio do lado de fora. A exposição é permanente (até onde eu sei, é um acordo com um museu francês que qualquer dia desses acaba. Mas, bem, é permanente) e aberta ao público.

O meu maior interesse está nas exposições do fundo. Estão sempre mudando, algumas realmente interessantes. Claro que tem mais do mesmo (alguém para de expor Verger, por favor?), mas sempre tem algo novo e interessante. Agora em novembro quem for vai encontrar obras de César Romero, parte da exposição BRamante em comemoração aos seus 40 anos de carreira.

Praça:

É, praça. É uma das funções do Palacete, especialmente para quem mora ali perto, no bairro da Graça. É uma excelente opção de passeio, principalmente para crianças, e conheço algumas pessoas que fazem disto um hábito. E convenhamos que a cidade carece de boas praças e parques. Vamos adaptando então.

Solar Café:

As modinhas internacionais sempre chegam meio atrasadas em Salvador. Passamos por crepes, temakis e nem sei mais onde nos encontramos. Pizzas em cone?

Mas algumas delas conseguem chegar de mansinho e se estabelecer sem muito alarde, conquistando pouco a pouco um lugar na rotina dos soteropolitanos (pelo menos dos um pouco mais abastados). Torço sinceramente para o sucesso dos cafés. Por favor, não acabem.

O Solar Café é, para mim, um dos melhores lugares para se ir na cidade, seja para almoçar uma das opções deliciosas e leves de prato do dia, seja para ir no fim da tarde, tomar um Moccha Frappé e ficar conversando na sombra das árvores ao redor. Tentei até tirar uma foto digna da bebida, mas minha máquina está quebrada e saiu uma boa porcaria.


Quem não conhece, vale o passeio. Fica na Graça, um dos meus bairros favoritos daqui. Está aberto todos os santos dias, inclusive aos domingo.

3 comentários:

Bruno disse...

C tá on fire viu? Esse lugar é lindo mesmo idependente do museu de Rodin. Pra falar a verdade, percebi que também não sou lá grande de fã dele, hahah. Acho que sou mais barroco em se tratando de esculturas.

Anônimo disse...

o que eu acho mais sensacional do Palacete da Artes é que rola uma intervensão urbana (!) no jardim de lá. o amigão que poda a grama e as árvores sempre faz umas formas exóticas, da última vez que eu fui tinha um jacaré no chão rs uma coisa meio Edward Scissorhands porém mais contida e menos brega

Monique disse...

Eu acho que não importa muito o que está sendo exposto. O lugar pro si só já é um espetáculo a parte.