sexta-feira, 10 de setembro de 2010

i don't marshmallow you


Hoje parei para assistir 500 Days of Summer de novo. Da primeira vez em que assisti, fiquei presa às referências que, para mim, ainda faziam algum sentido na época. Uma delas foi Alain de Botton. Tom aparece lendo Architecture of Happiness, e inclusive dá uma cópia do livro para Summer. Nunca li o livro, mas faz todo sentido Tom sendo arquiteto e tudo mais. A ligação direta (e for dummies) que eu não fiz foi exatamente com o livro que eu tinha lido de Botton, Essays in Love.

A forma como a história é contada, sem linearidade. Uma história sobre amor, não de amor. Os detalhes, minúsculos e tão representativos, de um relacionamento. O término triste, doloroso, meio desesperado. A linguagem ao mesmo tempo fofa e meio cult. Tudo.

Que fique claro que eu tenho consciência da auto-ajuda meets filosofia barata de Alain de Botton. Não me defendo da acusação. Mas Essays in Love realmente ajudou em uma época em que eu precisava. Recomendo para quem estiver passando por um término difícil. Chorei horrores, claro. O livro às vezes parecia que tinha sido escrito sobre minha vida. E os detalhes com os quais eu não me identificava eu projetava para o futuro. Um horror. Exatamente por isso, porém, o livro funcionou como uma terapia, ao mostrar que, bem, eu sobreviveria. E é exatamente isto que 500 Days of Summer faz.

A verdade é que todo mundo já passou pelo fim do mundo alguma vez na vida. Longe de mim querer escrever um post auto-ajuda. Eu odeio auto-ajuda. Mas alguns relacionamentos são padrões: um mau exemplo, um proibido e um inesquecível (o assustador é quando os três relacionamentos são uma pessoa só). A não ser que você seja um ser raro no novo século, você vai passar pelos três. É um padrão bobo, eu sei, mas faz sentido na minha cabeça, então me deixem. Mas eu tenho 21 anos, então não aceitem muitos conselhos amorosos meus.

Só escrevi o post para indicar o combo 500 Days of Summer, que a maioria já deve ter visto, e Essays in Love. Juro que é bom. Muito bom. Já conheci algumas várias pessoas confiáveis e não leitoras de auto-ajuda que disseram que o livro tinha ajudado em seus términos.

E, sendo breguinha, a verdade é que, a não ser que seja depressivo e suicidade, você realmente sobrevive. E bem mais magra :)

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